foto: Bruno Cantini |
Um jogo que mostrou um Galo melhor no primeiro tempo, mesmo com as chances cruzeirenses sendo mais incisivas e um Cruzeiro melhor na segunda etapa com as chances de maior perigo partindo do lado alvinegro. Entendeu? Sim, o time que dominou cada etapa teve mais perigo rondando seu gol que o adversário.
Isso mostra a atitude de cada equipe na partida.
O sistema de Levir com apenas um volante é muito ofensivo mas para surtir efeito precisa de alguns pontos que não funcionaram ontem.
Quando se tem apenas um homem de contensão, e esse também é quase um quarto jogador de ataque no meio campo, a marcação alta é fator preponderante para o sucesso da equipe. É preciso o comprometimento da linha de meias e de ataque para buscar o bloqueio ainda na intermediaria contrária.
A partir do gol de Luan, o Atlético passou a abandonar essa marcação da saída de bola dando espaço as linhas do Cruzeiro. Charles e Wilians encontraram facilidade na passagem de bola e isso foi crucial para o empate na falha de Jemersom.
Luxemburgo notou que o espaço existia e colocou Gabriel Xavier para jogar nessa faixa. O erro de Patrick na saída de bola foi letal. Gabriel é habilidoso e rápido demais para vacilar em um lance desses.
Marcelo Oliveira sempre colocava o jovem nesse tipo de situação. Quando Xavier machucou, Allano entrou para ajudar a fechar o time.
O Galo tentou partir pra cima, mas com o meio campo distribuído de maneira correta, o Cruzeiro se adaptou facilmente as mudanças de Levir.
O terceiro gol foi consequência de um contra ataque bem executado, puxado por Wilians e finalizado por Marquinhos.
Nas chances em que o bloqueio azul era furado, Fábio deu conta do recado.
Venceu o mais aplicado... aquele que encarou o clássico como um jogo a ser vencido e não apenas a ser jogado.
Luxa por enquanto trabalha a cabeça de um time a ser construído. Nada apresentado ontem taticamente é cria sua ainda. É fruto do trabalho de Marcelo Oliveira. Mas tem uma coisa em que ele contribuiu de forma essencial para o triunfo: Motivação.
O caminho Cruzeirense ainda é longo para se firmar, mas já é menos tortuoso do que o cenário desenhado de outrora.
Já o Galo não é o time dos sonhos que sua torcida achava antes do clássico nem o time ruim que seu torcedor reclama hoje.
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